- Não existirão muitos “tesouros” em nós a rivalizar com Deus, a lutar pelo primeiro lugar do nosso coração?
- Não viveremos demasiado preocupados com as seguranças humanas ao ponto de relegarmos Deus para segundo lugar, fazendo de Deus apenas “o amor das horas vagas”?!
- Não correremos o risco de andar metidos nas “coisas” da Igreja e de nos cansarmos em actividades apostólicas e pastorais mais por amor de nós próprios do que por amor de Deus, mais para satisfazer interesses pessoais do que em vista da glória de Deus?
Informações diversas e actuais de interesse a respeito da paróquia e da freguesia de MINHOCAL - Celorico da Beira, distrito da Guarda.
sábado, fevereiro 26, 2011
"Não podeis servir a Deus e ao dinheiro"
quarta-feira, fevereiro 23, 2011
Quaresma 2011: resistir à «idolatria dos bens».
Mensagem do Papa apela às práticas do jejum e da esmola para superar egoísmos

“A avidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha”.
O documento intitula-se «Sepultados com Cristo no Baptismo, também com Ele fostes ressuscitados», frase retirada da carta escrita pelo Apóstolo Paulo à comunidade de Colossos, na actual Turquia (século I).
Segundo Bento XVI, “a idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida”.
A Quaresma, que este ano se inicia a 9 de Março, com a celebração das cinzas, é um período de preparação para a Páscoa, maior festa do calendário dos católicos, com a duração de 40 dias, marcados pelo jejum, o apelo à partilha e à penitência.
Quanto ao jejum, Bento XVI afirma que a prática “adquire para o cristão um significado profundamente religioso”.
Nesse sentido, diz o Papa, “para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo”.
“Mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Baptismo”, conclui o Papa.
Fonte: Ecclesia
quarta-feira, fevereiro 09, 2011
domingo, fevereiro 06, 2011
"Vós sois a luz do mundo"
A primeira leitura dá-nos a resposta. Através do profetas Isaías, Deus diz-nos que o homem é luz e que a sua luz brilha no mundo, quando reparte o pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, leva a roupa ao que não tem que vestir e não volta as costas ao seu semelhante; quando tira do meio de si a opressão, os gestos de ameaça e as palavras ofensivas.
Estas obras irradiam a luz de Cristo e são luz para os homens porque mostram o rosto de:
- um Deus que ama os homens e é misericordioso para com eles;
- um Deus que se torna próximo de cada homem e se mostra interessado em mudar a sorte do pobre, do doente e do oprimido;
- um Deus que propõe e promove a liberdade e a fraternidade entre os homens;
- um Deus que quer precisar dos homens para concretizar os seus planos e alcançar os seus objectivos.
Além disso, revelam que a religião do verdadeiro Deus é uma religião que está ao serviço da pessoa humana. Deus interessa-se pelo bem do homem no seu todo e não apenas nem tanto pela sua dimensão religiosa. O que o verdadeiro Deus mais deseja e espera daqueles que nele acreditam é que amem e respeitem o seu semelhante.
O cristão irradia a luz de Cristo:
- sempre que diz e defende a verdade, apesar de muitas vezes ser mais cómodo e trazer mais proveito calá-la ou colocar-se do lado da mentira;
- quando respeita e defende a vida humana em todas as suas etapas, remando contra a forte corrente de uma falsa modernidade;
- quando vive segundo a moral do Evangelho, apesar do relativismo moral vigente na sociedade;
- quando, sem medo nem vergonha, professa a sua fé e defende os princípios e os valores que lhe são inerentes, mesmo nas circunstâncias mais difíceis e nas questões mais controversas com que é confrontado.
Vivendo assim, os cristãos fazem a diferença, levam os homens a interrogarem-se e a reflectirem, dão-lhes razões válidas e consistentes para acreditarem em Deus. O testemunho de vida dos cristãos constitui o anúncio mais convincente e eficaz do Evangelho de Jesus. A sua coerência de vida é o caminho mais adequado para levar os homens até Deus, a amá-lo e a glorificá-lo como o Pai que está nos Céus.
Os Actos dos Apóstolos confirmam que o testemunho de vida das comunidades cristãs primitivas (tinham um só coração e uma só alma, entre eles tudo era comum, entre eles não havia ninguém necessitado) fazia aumentar todos os dias o número daqueles que abraçavam a fé (Act 2,46-47;4,32-35). Ainda hoje, num mundo em que a palavra está completamente desacreditada, a vida das comunidades cristãs constitui o principal e mais eficaz meio de evangelização. Se falta este testemunho, todas as acções pastorais estão votadas ao fracasso.