sexta-feira, setembro 29, 2006

“Quem me dera que todo o povo do Senhor fosse profeta”

Enquanto Josué se sente incomodado com o facto de Eldad e Medad estarem a profetizar no acampamento, Moisés gostaria que todo o povo fosse profeta “e que o Senhor infundisse o seu Espírito sobre eles”. Se todo o povo fosse profeta, como seria mais fácil conduzir o povo e como ele seria mais fiel ao Senhor!
Deus tem sido intencional e progressivamente banido da sociedade. Deus foi considerado como um estorvo à felicidade do homem e ao desenvolvimento dos povos.
  • Baniram Deus para, depois, questionarem todos os princípios e valores morais.
  • Baniram Deus em nome da liberdade e da felicidade do ho-mem. E, ao privarem o homem de Deus e da sua dimensão espiritual, limitaram drasticamente a sua liberdade e os seus horizontes existênciais, reduzindo-o a um escravo da sociedade de consumo.
  • Baniram Deus da sociedade e com ele quiseram eliminar os valores humanos, morais e espirituais. Deste modo, pretendiam resolver certos problemas sociais e emancipar definitivamente o homem.

No entanto, sem Deus e sem os valores que dele derivam, muitos foram os problemas que mais rapidamente surgiram e para os quais se torna mais difícil encontrar uma solução adequada.
Referimos apenas o que diz respeito à família e às questões relacionadas com a educação.

  • Nunca como hoje a família esteve tão ameaçada. Antes de mais, é o próprio conceito de família que se divulga; depois, são os ideais de vida familiar que se propõem e promovem nos meios de comunicação; são os negócios que se permitem e que atentam contra a fidelidade e estabilidade familiar.
    Hoje, é preciso dizê-lo sem medo, há muita gente que ga-nha dinheiro fácil e enriquece agindo contra o casamento e a família. É verdade que toda a gente tem direito a ganhar a vida. Mas também é verdade que toda o gente a deve ganhar honestamente e com dignidade.
    As pessoas que optam por um modo de vida que atenta cla-ramente contra o amor e a família, sejam elas quem forem e venham donde vierem, não podem ser bem vindas em ne-nhum lugar. Ainda que as tenhamos de respeitar enquanto pessoas, não podemos aprovar as suas opções e a sua con-duta.
  • No que se refere à educação, consequência de uma educação sem Deus e sem valores, a situação é também preocu-pante e sem uma solução credível à vista.
    Quiseram uma educação sem disciplina e sem respeito, sem regras sem normas, sem rigor e sem exigências. E o resultado está aí. As queixas dos pais e dos educadores começam a ser muitas. Mas que podem esperar eles, atendendo à educação que dão?
    Hoje, a maior parte dos pais e uma parte considerável de educadores não têm, porque os não vivem, os valores que devem transmitir. E uma educação sem valores não é, seguramente, educação.
    E enquanto não houver a lucidez e a humildade necessárias para reconhecer e enveredar pelo justo caminho da educação, não será possível nenhuma reforma eficaz do sistema educativo, nem será encontrada uma justa solução para os problemas que a afectam.

    Sem os horizontes de Deus, sem a luz da fé e sem o suporte dos valores, o homem fica mais limitado e fragilizado na hora de enfrentar os desafios da vida e de encontrar uma resposta para eles.
    Assim, muitos desistem de coisas fundamentais da vida:
    · uns desistem do casamento e da família,
    · outros desistem de educar os filhos,
    · outros ainda desistem dos seus sonhos e ideais.
    · Numa palavra, sem Deus, com mais facilidade e com menos razões, as pessoas conformam-se com a realidade e desistem de viver, resignando-se a uma existência sem esperança e sem sentido.

domingo, setembro 24, 2006

"Porque discutis?"

As leituras bíblicas de XXV Domingo do Tempo Comum lembram-nos um problema frequente, mesmo nas nossas comunidades cristãs: a tentação do poder. Segundo muitos autores, a sede pelo poder corrompe mais do que a própria imoralidade ou a ganância financeira.

Jesus aponta o CAMINHO para ser o maior... :

1) Em primeiro lugar, o espírito de Serviço... "Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último e aquele que serve a todos". Os seguidores de Cristo devem ver o ministério como serviço, não como posto de honra ou lugar de prestígio e poder. Devem usar os dons recebidos de Deus a serviço dos irmãos. O Ministro não é maior, nem mais santo, só por ser ministro.

2) Em seguida, Jesus apresenta uma CRIANÇA como MODELO: "Pegou numa criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a, disse: Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que me acolhe...". Com este gesto, o Mestre deseja apresentar um modelo novo de relações, marcadas pela ternura, pelo serviço e pela fraternidade.
"Por que discutis?"
• Na Sociedade competitiva, em que vivemos, desde pequenos somos dominados pela idéia de que, se não tivermos beleza, inteligência, riqueza, simpatia, nunca conseguiremos sucesso na vida.

• E na nossa Comunidade? Também há discussões, críticas, ambições, rivalidades? Por que? Onde está a raiz de tudo? Desejo consciente ou inconsciente ser o MAIOR? Procuro cargos, títulos, honrarias ou elogios…?

• E nas nossas famílias? Há divisões, conflitos… ciúmes…separações… Por que? Quando um ganha, os dois perdem!... Não há vencedores...

+ Na comunidade cristã, quem são os primeiros? As palavras de Jesus não deixam qualquer dúvida: "Quem quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos".
  • Na comunidade cristã, a única grandeza é a grandeza de quem, com humildade e simplicidade, faz da própria vida um serviço aos irmãos.
  • Na comunidade cristã não há donos, nem grupos privilegiados, nem pessoas mais importantes do que as outras, nem distinções baseadas no dinheiro, na beleza, na cultura, na posição social...
  • Na comunidade cristã há irmãos iguais, a quem a comunidade confia serviços diversos tendo em vista do bem de todos. Aquilo que nos deve mover é a vontade de servir e de partilhar com os irmãos os dons que Deus nos concedeu.

Quais as consequências a tirar para Igreja deste Evangelho?

domingo, setembro 17, 2006

PARA MEDITAR (XXIV Domingo Comum B)



"Que importa se alguém diz que tem fé e não a põe em prática...
A Fé sem obras é morta!"
(Carta de São Tiago)

quinta-feira, setembro 14, 2006

Vai casar pela Igreja....

Vai casar pela Igreja? Então precisa de ver isto.

Ser cristão é...

O que "os homens" dizem de Jesus?
  • Muitos vêem Jesus como um HOMEM BOM, atento aos sofrimentos dos outros;
  • outros vêem Jesus como um admirável MESTRE que tinha uma proposta de vida interessante;
  • alguns vêem Jesus como um grande LIDER, que acendeu a esperança nos corações das multidões carentes;
  • outros, ainda, vêem Jesus como um REVOLUCIONÁRIO, preocupado em construir uma sociedade mais justa e mais livre.
    = Todos apresentam Jesus como "um homem" extraordinário, que marcou a história como tantos outros. Mas um HOMEM apenas.

Quem é Cristo para nós?
- Ele é o Messias libertador, que o Pai enviou ao nosso encontro com uma proposta de salvação e de vida plena?
- Temos um conhecimento pessoal de Cristo, ou apenas o que aprendemos na Catequese, nos livros ou nas palestras?

Quem são os verdadeiros discípulos de Jesus?

  • São os que seguem apenas umas obrigações legais e umas práticas religiosas?
  • A Igreja procura redescobrir o essencial do ser cristão: seguir de Jesus.
  • Ser cristão é seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida. Seguidor é aquele que renuncia a si mesmo e toma a mesma cruz de Jesus.
  • RENUNCIAR A SI MESMO significa não pensar só em si mesmo. Não se deixar dominar pelo egoísmo, pelo orgulho e pela auto-suficiência.
  • TOMAR A CRUZ não significa apenas suportar as aflições da vida com paciência. A Cruz é o sinal do amor e da doação mais completa. Nós carregamos a cruz todas as vezes que nos sacrificamos a nós mesmos para praticar o bem e fazer alguém feliz.
  • Sinto-me um "Seguidor de Cristo?"

SER, SABER E SABER FAZER: Três Qualidades do Catequista

O povo de Deus recebeu a vocação e a consagração de anunciar e testemunhar o Evangelho. Nesta vocação comum, o Senhor escolhe alguns para o serviço da catequese. Portanto, os catequistas são convocados por Deus mediante a Igreja, para desempenhar a missão evangelizadora da educação na fé.
A fim de que estes agentes pastorais possam desempenhar de maneira responsável e qualitativa o seu ministério, devem prestar uma particular atenção às suas competências, entre as quais está o serviço à Palavra de Deus e à Igreja.

A formação
A formação integral dos catequistas, delineada no Diretório Geral para a Catequese numa tríplice dimensão: ser, saber e saber fazer, procura tornar os catequistas capazes de desempenhar de forma mais consciente a sua tarefa na comunidade eclesial.
A finalidade destas três características educativas consiste em acompanhar progressiva e permanentemente o agente pastoral da catequese, a fim de que ele possa desenvolver a própria personalidade cristã, aonde confluem os valores e a sabedoria humana, a síntese da fé e o compromisso pastoral.
Este programa didascálico comporta o conhecimento da Bíblia e da teologia, da pedagogia e da comunicação, da liturgia e da espiritualidade. Tudo isto não diz respeito de maneira exclusiva a um simples saber intelectual, mas sim a um conhecimento a nível de testemunho, ou seja, a uma profunda experiência de comunhão, de misericórdia e de certeza do amor de Deus, que consiga fazer do catequista um autorizado educador na fé.

Servidor da Palavra
A atitude típica do cristão consiste em praticar na sua própria existência o projecto de vida do Mestre, expresso de forma categórica, com as seguintes expressões: Com efeito, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos (Mc 10, 45). Por conseguinte, é mediante a participação no Mistério pascal de Cristo que cada um dos baptizados se une à vontade do Pai, mas de maneira ainda mais específica aqueles que desempenham um determinado ministério no seio da comunidade eclesial.
Consequentemente, a espiritualidade do catequista impõe uma escuta participativa da Palavra em ordem a uma interiorização, a um confronto e a uma resposta existencial. Consciente do seu papel a desempenhar na Igreja, ele tem necessidade de familiarizar-se com a Sagrada Escritura para acompanhar os irmãos na intimidade com o Verbo do Pai.
Através da meditação fiel da Bíblia o catequista poderá iluminar, encorajar e instruir os catequizandos a não se deixarem desanimar pelas dificuldades, a não se submeterem aos critérios secularizadores, hoje predominantes na sociedade, e a não venderem a sua dignidade de filhos de Deus.
Os livros sagrados forjam a mente e o coração do catequista, tornando-o capaz do martírio, ou seja, de dar testemunho da fé, onde se manifesta a sabedoria bíblica, porque conquista o domínio da Sagrada Escritura; inquietude missionária, porque adquire a consciência do incansável zelo missionário evangelizador de Jesus, caminha no seguimento dos seus passos para alcançar todas as pessoas com amor salvífico; caridade veemente, porque segundo o exemplo do Senhor se inclina diante do sofrimento do homem para dar alívio e infundir esperança, sinais evidentes de que o seu agir constitui um eco do novo mandamento: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro manda mento. O segundo é semelhante a este: amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas» (Mt 22, 37-40).
Da recepção humilde e obediente da Palavra revelada, o catequista dispõe-se a servir a comunidade eclesial para a edificar na comunhão, na diaconia e na missionariedade.

Servidor da Igreja
O ministério do catequista nasce, vive e realiza-se no seio da Igreja; por isso, ele pode ser considerado plena e justamente animador da comunidade eclesial, promotor da educação, da alimentação e do amadurecimento da sua fé, além de testemunha daquilo em que o povo de Deus acredita, daquilo que o mesmo celebra, vive e reza.
Uma das finalidades específicas da catequese consiste em iniciar os catecúmenos na vida comum, onde se vive a experiência de amar e louvar a Deus, de se ajudarem uns aos outros e de se aperfeiçoarem fraternamente, de com partilharem as tribulações e as alegrias, de oferecerem a própria disponibilidade, tolerância, paciência e prudência nos relacionamentos interpessoais, de tal maneira que, em qualquer situação, a Igreja se apresente como ícone da Santíssima Trindade.
Nesta altura, é necessário relevar a importância do relacionamento de colaboração entre os catequistas e os pastores, em vista de realizar conjuntamente a programação pastoral da catequese, para que ela possa corresponder de maneira constante à sua natureza no contexto da missão evangelizado ra da Igreja.
Por sua vez, os pastores que se interessam sinceramente pela preparação dos catequistas, cuidam da sua competência doutrinal e metodológica, enquanto se dedicam à orientação espiritual e virtuosa destes agentes pastorais. E tudo isto, sempre para servir e edificar a Igreja de Deus, na certeza de que cada um dos ministérios encontra a sua gênese na confiante chamada divina. "Não fostes vós que me escolhestes; fui Eu que vos escolhi a vós e que vos destinei para irdes e dardes fruto, e que o vosso fruto permaneça" (Jo 15, 16).

O serviço eclesial à Palavra
Através de uma análise da realidade social contemporânea, evidencia-se o afastamento de tantos baptizados da Igreja, porque os valores que no passado orientavam o comportamento humano, actualmente são ameaçados por uma mentalidade ateia; por conseguinte, é necessária uma séria e qualificada catequese em que a Palavra de Deus seja apresentada orgânica e unitariamente, mediante a sua linguagem narrativa dos acontecimentos salvíficos e através do seu impetuoso poder de redenção.
Não com menos urgência, é necessário demonstrar a identidade apostólica da igreja, onde o catequista desempenha o seu serviço em particular sintonia e comunhão com ela. Quanto mais forem evidenciados o amor e a responsabilidade em relação à comunidade eclesial, tanto mais os catequizandos se sentirão como verdadeiros filhos da igreja, orientados pelas Sagradas Escrituras.
(L'Osservatore Romano)

segunda-feira, setembro 04, 2006

10 Razões para ir e viver a Eucaristia

Se não encontras vontade ou não tens motivações que te levem à Eucaristia ao Domingo, principalmente, ou noutro dia da semana, partilho contigo as seguintes. Pensa nelas!

1. Vivo a condição humana que é, por si, limitada...;
2. Tenho sede de infinito;
3. Procuro a paz;
4. Sofro o desgaste do trabalho no dia-a-dia;
5. Preciso de alimentar o espírito;
6. Sei que a minha relação com os outros depende da minha relação com Jesus Cristo;
7. Não posso dar aos outros aquilo que eu não tenho; não posso verdadeiramente aconselhar aos outros aquilo que eu não sou nem vivo;
8. Quero viver a comunhão em plenitude;
9. Acredito que "tocar" em Jesus neste "manto" eucarístico é o remédio mara todos os meus males;
10. Enfim, participar na eucaristia define a minha identidade como cristão.